Psicanálise e mística (livro completo)

O êxtase de Santa Teresa
O êxtase de Santa Teresa (1647-52), de Bernini.

Atualmente, observamos um grande interesse das pessoas por temas como religiosidade, esoterismo e misticismo. Basta uma pesquisa na internet ou uma visita a qualquer livraria para observar a profusão de obras sobre temas relacionados.

Freud foi muito interessado na relação do homem com as religiões, tendo escrito bastante a esse respeito. Sua visão sobre a religiosidade foi sempre bastante crítica, como se observa no conhecidos livros O futuro de uma ilusão (1927) e o O malestar na cultura (1930).

No entanto, ele pouco deu atenção ao fenômeno da mística ou misticismo. Diferentemente das religiões, a mística diz respeito tão somente à experiência de união direta do homem com a divindade ou com a existência – ou seja, uma experiência sem intermediações. Por esse motivo, embora as grandes religiões tenham fundamentos na mística, não é incomum que os místicos sejam considerados subversivos em relação à religiosidade tradicional e seus dogmas.

Freud foi convidado a refletir sobre a mística pelo escritor francês Romain Rolland, que nomeava essa experiência de “sentimento oceânico”. Lacan, por sua vez, teve um interesse mais vívido sobre esse fenômeno, chegando a dedicar-lhe uma atenção especial para a construção de sua teoria sobre os gozos.

Meu interesse em conhecer a mística e analisá-la sob o ponto de vista da psicanálise levou-me a escrever a dissertação de mestrado “Um percurso psicanalítico sobre a mística, de Freud a Lacan” (UFSC, 2007). Esse trabalho foi revisado e publicado como livro em 2011. Agora, está disponível em formato de e-book com acesso livre no site da Editora da UFSC.

Saiba mais aqui.

 

Por Marlos Terêncio

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